Palácio Topkapi

O Palácio Topkapi foi símbolo de luxo, riqueza e poder político. Foi erigido no século XV pelo sultão Mehmed II.
Interior do Palácio Topkapi, Istambul, na Turquia *
Interior do Palácio Topkapi, Istambul, na Turquia *
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Por Me. Cláudio Fernandes

Sabe-se que a civilização turco-otomana tornou-se célebre no ano de 1453, ao promover o cerco contra o centro do Império Bizantino, a cidade de Constantinopla. Com esse cerco, os otomanos, liderados pelo sultão Mehmed II, sitiaram e apossaram-se da cidade. A partir desse ano, o Império Bizantino caiu sob o jugo dos otomanos, que transformaram toda a Anatólia em extensões de seus domínios. Constantinopla, por sua vez, tornou-se a base do Império Turco-Otomano e de sua opulência, sendo a construção do palácio do califa um exemplo dessa última.

O então sultão Mehmed II, após conquistar Constantinopla, proclamou-se califa, isto é, soberano de todos os muçulmanos do mundo. A partir daí, muitas transformações foram aplicadas à cidade de Constantinopla, que, inclusive, teve o seu nome mudado para Istambul. A igreja de Santa Sofia (Hagia Sofia), por exemplo, recebeu funções de mesquita (templo islâmico de orações). Na antiga acrópole de Constantinopla, Mehmed erigiu seu novo palácio, que foi chamado de Topkapi.

Apesar da construção do Topkapi, que viria a ser, propriamente dizendo, o palácio otomano, o sultão Mehmed II continuou por um tempo ainda no Velho Palácio de Constantinopla, isto é, no palácio construído pelos imperadores bizantinos. Nesse Velho Palácio, Mehmed II cultivou o seu ciclo de influências, onde também ficou o seu harém.

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A partir de 1520, outro sultão, Solimão, o Magnífico, após um incêndio na cidade, transferiu toda a estrutura do Velho Palácio para Topkapi, incluindo o harém. Vale notar que o palácio do califa concentrava todo o poder do Império Muçulmano, de onde toda sua força irradiava. A imponência e o luxo, tanto do interior quanto do exterior (adornos, jardins etc.), faziam parte da demonstração de poder do califado.

O harém, por exemplo, também consistia em uma demonstração de poder do califa. Quanto mais esposas, escravas sexuais (dançarinas, etc.) e demais funcionários, como os eunucos (homens castrados) encarregados de administrarem o harém, tinha o califa, mais admirado ele era pelos súditos.

No palácio Topkapi ainda havia três pátios especiais por onde as mulheres circulavam, de acordo com a proximidade direta com o sultão. Os eunucos (que geralmente cuidavam da administração do harém) tinham muito poder político, sendo muito respeitados na cidade, já que recebiam a anuência e a confiança dos sultões.

*Créditos da imagem: Shutterstock e Cristian Pascasu

Por Cláudio Fernandes