Fruto da expansão dos árabes, o Império Turco-Otomano foi consolidado no século XIII graças a vitórias militares do guerreiro Otoman I (1258-1324). Oriundos da tribo de Ghuzz, situada no atual Cazaquistão, os otomanos empreenderam um longo processo de expansão territorial que dominou regiões da Europa, Oriente Médio e norte da África. Liderados por Ertogrul (1190 – 1281), o processo de expansão foi iniciado com a conquista da Ásia Menor.
Em 1300, as forças de Otoman I obtiveram sucessivas vitórias contra os bizantinos. Sucedido por seu filho Orkhan, as tropas do Império Otomano conquistaram os centros urbanos de Bursa, Nicéia e Nicomédia. Demonstrando grandes habilidades administrativas, Orkhan firmou um exército regular remunerado pelo Estado. Em sua jornada, empreendeu uma seqüência de vitórias militares que fizeram o Império Otomano próximo dos domínios da Europa Ocidental.
Uma importante ordem de guerreiros foi de grande importância para a formação de tão vasto império. Os chamados janízaros era um grupo de soldados formados a partir das conquistas territoriais otomanas. Crianças e jovens capturados em guerras, logo em seguida eram educados de acordo com os ensinamentos da religião islâmica. Considerados filhos do próprio sultão, chefe máximo do império, o corpo dos janízaros era um exército leal à autoridade política otomana.
Possibilitando a formação de uma cultura militarista, os otomanos seguiram à risca o ideal expansionista da religião muçulmana. De acordo com os ditames do Alcorão, os muçulmanos fiéis devem ampliar o número de fiéis muçulmanos e combater a influência das demais religiões estrangeiras. Por isso, uma das mais importantes conquistas desse império empreendeu-se contra os bizantinos, que era de maioria cristã ortodoxa.
No início do século XV, o Império turco-otomano tinha controle sobre diversas regiões da Mesopotâmia, que incluía as proximidades do rio Danúbio e Eufrates. Somente no ano de 1453, os otomanos subjugaram o Império Bizantino com a tomada da cidade de Constantinopla. Sobre o controle de Maomé II, o Império Turco-otomano inaugurou uma nova dinastia.
Meados do século XIX, as pressões nacionalistas e imperialistas passaram a ameaçar a estabilidade do Império Otomano. Nos Bálcãs, diversas etnias reivindicavam a autonomia de seus territórios. Ao mesmo tempo, os russos reivindicavam a criação de zonas de livre tráfego no interior do Império Turco-Otomano. Sem condições de reestruturar o governo mediante os interesses capitalistas, o império turco não resistiu aos conflitos da Primeira Guerra Mundial, que reduziu o antigo território à atual Turquia.