Primeira Guerra Mundial

A Primeira Guerra Mundial ocorreu entre 1914 e 1918 e envolveu diversos países. Ela foi uma guerra de trincheiras e deixou mais de 10 milhões de mortos.
Tanque inglês da Primeira Guerra Mundial.
Tanque inglês da Primeira Guerra em exposição. Os tanques foram desenvolvidos durante a guerra e foram fundamentais na vitória da Entente. [1]
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A Primeira Guerra Mundial foi o conflito ocorrido entre 1914 e 1918 e que deixou milhões de mortos, principalmente no continente europeu. O imperialismo, a política de alianças, a corrida armamentista, o revanchismo francês e o nacionalismo exacerbado são apontados como as principais causas da Primeira Guerra Mundial. O atentado de Sarajevo, em que o herdeiro da Áustria-Hungria foi assassinado por um militante sérvio, é considerado o estopim da guerra.

De um lado do conflito lutaram as Potências Centrais, da qual faziam parte o Império Alemão, a Áustria-Hungria, o Império Turco-Otomano e a Bulgária; do outro lutaram os países da Entente, formada por França, Inglaterra, Rússia, Itália, entre diversos outros países. Em 1917, após uma revolução socialista, a Rússia saiu do conflito e, no mesmo ano, os Estados Unidos entraram na guerra do lado da Entente.

A guerra foi a primeira a utilizar em grande escala novas tecnologias bélicas, como metralhadoras, lança-chamas, aviões, artilharia de longo alcance e outras que deixaram um número de mortos até então nunca visto na história humana. A guerra terminou em 1918, com a derrota das Potências Centrais.

Leia também: Revolução Russa — outro grande acontecimento do início do séc. XX

Resumo sobre a Primeira Guerra Mundial

  • A Primeira Guerra Mundial foi o conflito ocorrido entre 1914 e 1918. A guerra deixou aproximadamente 20 milhões de mortos, entre militares e civis.
  • O imperialismo é apontado como principal motivo da Primeira Guerra Mundial. A disputa por territórios na África e Ásia criou atritos entre os países europeus que culminaram em guerra.
  • A política de alianças, a corrida armamentista, o revanchismo francês e o forte nacionalismo na Europa também são apontados como motivos da guerra.
  • O Atentado de Sarajevo, em que o herdeiro do trono da Áustria-Hungria, Francisco Ferdinando, e sua esposa, Sofia, foram assassinados por um militante sérvio é considerado o acontecimento que deflagrou o conflito.
  • A guerra se iniciou com o avanço das Potências Centrais nas frentes orientais e ocidentais. Logo o avanço foi contido, dando início à chamada guerra de trincheiras, que durou até 1918, quando a Entente avançou sobre as Potências Centrais, vencendo a guerra.
  • Em 1917 a Rússia deixou o conflito após uma revolução socialista. No mesmo ano os Estados Unidos entram na guerra. O poderio industrial e bélico dos Estados Unidos desequilibrou o conflito a favor da Entente.
  • Após ter navios mercantes bombardeados pela Alemanha, o Brasil entrou na guerra em 1917, enviando uma pequena esquadra para o Mediterrâneo e uma equipe médica para a França.
  • O conflito terminou em 11 de novembro de 1918 com a rendição incondicional da Alemanha.
  • Em 1919 foi imposto aos derrotados o Tratado de Versalhes. O tratado impôs duras penalizações aos países derrotados.

Videoaula sobre a Primeira Guerra Mundial

Antecedentes históricos da Primeira Guerra Mundial

O período entre o fim da Guerra Franco-Prussiana (1871) e o início da Primeira Guerra Mundial é conhecido como “Bela Época”, período caracterizado por grande desenvolvimento econômico, tecnológico e cultural, sobretudo na Europa, Estados Unidos e Japão. É nesse período que foram inventados o automóvel, a bicicleta, o avião, o telégrafo sem fio, o telefone e a lâmpada elétrica de Thomas Edison.

Nas grandes cidades europeias a atividade cultural foi efervescente, com óperas, teatros, livrarias, tabacarias, cafés e outros espaços se tornando comuns nas paisagens urbanas. A Bela Época também foi um período de relativa paz entre as nações europeias, algo que não acontecia há séculos.

Mas, concomitantemente à Bela Época, ocorria um fenômeno que os historiadores chamam de “Paz Armada”. Os impérios europeus aumentaram seus exércitos e o investimento na compra e desenvolvimento de novos armamentos. Também ocorreu no período uma política de alianças, onde os principais países da Europa e Ásia se dividiram em duas alianças militares.

O nacionalismo era forte nesse momento, assim como o militarismo e uma espécie de darwinismo social, em que as nações acreditavam que competiam umas com as outras e que, para sobreviverem à seleção da história, deveriam crescer e até mesmo eliminar seus concorrentes.

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Causas da Primeira Guerra Mundial

O imperialismo foi o principal motivo da Primeira Guerra Mundial. Com a segunda fase da Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo industrial e financeiro, houve grande procura por fontes de matérias-primas, fontes de energia e mercado consumidor. Os grandes impérios buscaram esses recursos e mercados principalmente na África e na Ásia.

Em um primeiro momento houve acordos entre as nações imperialistas, como a Conferência de Berlim, que dividiu o território do continente africano entre as nações europeias. Mas, com o passar do tempo, os conflitos entre os impérios por causa de colônias africanas e asiáticas se acirrou e foi um dos grandes causadores da batalha mundial.

Outros motivos importantes causaram a Primeira Guerra Mundial, como a política de alianças que ocorreu a partir do terceiro quarto do século XIX. A corrida armamentista e o fortalecimento dos militares nos governos do período também foram importantes fatores relacionados ao início da guerra.

A corrida armamentista ocorrida durante a Bela Época empregou boa parte dos inventos da segunda fase da Revolução Industrial na indústria bélica, que também ampliou a capacidade de produção de armas. O avião, os tanques de guerra, o lança-chamas, os encouraçados, submarinos, armas químicas, metralhadoras, artilharia de longo alcance e diversas outras tecnologias bélicas foram utilizadas em grande escala na Primeira Guerra Mundial. Essas tecnologias foram responsáveis por uma quantidade de mortos jamais vista na história humana.

O revanchismo francês foi outro fator que levou à guerra. A França perdeu a região da Alsácia e Lorena para os alemães na Guerra Franco-Prussiana, e era para os derrotados uma questão de honra retomar as regiões perdidas. O nacionalismo exacerbado estava no dia a dia das nações que participaram do início do conflito mundial, existindo no período o pangermanismo, que pretendia unir os povos de origem germânica em um único território, e o pan-eslavismo, que pretendia o mesmo com os povos de origem eslava.

A Europa era, na palavra de muitos, um “barril de pólvora” nas vésperas da Primeira Guerra. Os países estavam unidos em dois blocos militares, com poderosos exércitos bem equipados e prontos para o combate.

Em 28 de junho uma faísca fez com que o grande barril de pólvora explodisse, o chamado Atentado de Sarajevo. O herdeiro do Império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, e sua esposa, Sofia, visitaram a capital da Sérvia representando a Áustria. Enquanto os dois estavam desfilando em carro aberto, um militante do pan-eslavismo, Gavrilo Princip, se aproximou do automóvel e atirou contra o casal, assassinando os dois. Esse fato é conhecido como o “estopim da guerra”.

O atentando causou atritos entre as duas nações até que a Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia. Na sequência a Rússia entrou no conflito para defender a Sérvia, fazendo com que a Alemanha também entrasse no combate pois tinha uma aliança com a Áustria-Hungria. Com o passar do tempo, outros países foram entrando na batalha, e iniciou-se, assim, a Primeira Guerra Mundial.

Leia também: Tríplice Aliança — o acordo militar entre Alemanha, Áustria-Hungria e Itália

Países participantes da Primeira Guerra Mundial

Os países que lutaram na Primeira Guerra Mundial estavam divididos em dois blocos. Faziam parte das Potências Centrais:

  • Império Alemão;
  • Império Austro-Húngaro;
  • Império Turco-Otomano;
  • Bulgária.

Do outro lado do conflito tivemos os países da Entente, aliança formada inicialmente pela:

  • França;
  • Reino Unido;
  • Rússia.

Durante o conflito diversos países aderiram à Entente, entre eles a Itália, China, Estados Unidos, Brasil e diversos outros. Vale lembrar que os grandes impérios recrutaram a população de suas colônias para que participassem, dessa forma boa parte dos atuais países africanos e asiáticos também participou da guerra.

Mapa com os países participantes da Primeira Guerra Mundial.
Em verde, os países da Entente; laranja, Potências Centrais; cinza, países neutros. [1]

Fases e principais acontecimentos da Primeira Guerra Mundial

Geralmente a Primeira Guerra Mundial é dividida em três fases, de acordo com os acontecimentos do campo de batalha.

A primeira fase é chamada de “guerra de movimento”. De agosto de 1914 até novembro do mesmo ano a Alemanha fez grande ofensiva na frente ocidental, conquistando a Bélgica e territórios franceses até chegar a cerca de 50 quilômetros de Paris. Na frente oriental tropas das Potências Centrais também se movimentaram nesse período, capturando territórios do Império Russo. Em novembro de 1914 o avanço das Potências Centrais cessou por causa das trincheiras na França e na Rússia.

A segunda fase da guerra vai de novembro de 1914 até março de 1918 e é conhecida como “guerra de posições”. Milhares de quilômetros de trincheiras foram escavados em duas frentes de batalha principais, a ocidental e a oriental.

A tática utilizada na guerra de trincheiras consistia em um pesado bombardeio de artilharia nas trincheiras inimigas, alguns dos quais duravam dias. Logo depois do bombardeio a infantaria atravessava a terra de ninguém rumo às trincheiras inimigas. As metralhadoras e a artilharia favoreciam os defensores, o que causava imensas perdas nas tropas.

Quando o exército invasor conquistava a trincheira dos inimigos, estes recuavam, às vezes alguns metros, e construíam novas trincheiras. Esse tipo de guerra provocava grande número de mortes e poucas conquistas territoriais. Em Verdun, por exemplo, os alemães tentaram uma ofensiva que durou quase dez meses, com mais de 300 mil soldados mortos na batalha, e o avanço das trincheiras em menos de dez quilômetros.

Mesmo sem combates as trincheiras provocavam mortes pelas más condições, como frio, calor, chuva, neve, entre outras intempéries. A fome era constante, assim como diversos parasitas como piolhos e pulgas.

A proximidade dos soldados e o sistema imunológico enfraquecido pela fome e desidratação favorecia a proliferação de doenças. Basta lembrar que no ano final da guerra as trincheiras ajudaram a proliferar a Gripe Espanhola, que se tornou uma pandemia que matou mais de 30 milhões de pessoas no pós-guerra.

Soldados franceses em ataque às trincheiras alemãs na Batalha de Verdun, no contexto da Primeira Guerra Mundial.
Soldados franceses em ataque às trincheiras alemãs na Batalha de Verdun, no contexto da Primeira Guerra Mundial.

O ano de 1917 marcou uma reviravolta na guerra, com a saída da Rússia após passar por uma revolução e a entrada dos Estados Unidos, o que também levou o Brasil para o conflito. A entrada da maior potência industrial na guerra derrubou o equilíbrio das forças em combate, e, a partir de março de 1918, as tropas da Entente iniciaram o avanço sobre as trincheiras e territórios que estavam nas mãos das Potências Centrais. O avanço durou até 11 de novembro de 1918, quando a Alemanha assinou sua rendição. A Primeira Guerra Mundial terminou dessa forma.

Leia também: Trégua de Natal entre soldados da Primeira Guerra Mundial         

Brasil na Primeira Guerra Mundial

Alguns navios mercantes brasileiros foram afundados por submarinos alemães no mar Mediterrâneo e no mar do Norte durante a guerra, o que levou o governo brasileiro do presidente Venceslau Brás a decretar guerra contra as Potências Centrais em 26 de outubro de 1917.

O Brasil enviou uma pequena esquadra para o mar Mediterrâneo, composta por sete navios de guerra e dois navios de apoio. Também enviou uma equipe médica composta por mais de 80 profissionais, entre médicos e enfermeiras, que trabalharam na França, principalmente no Hospital Franco-Brasileiro em Paris. Um contingente composto em sua maioria por sargentos foi enviado pelo Brasil para combater no exército francês, e alguns aviadores pilotaram aviões da Real Força Aérea, do Reino Unido. Para saber mais sobre a participação brasileira na Primeira Guerra Mundial, clique aqui.

Consequências da Primeira Guerra Mundial

A primeira grande consequência da guerra foram as perdas humanas e seus impactos na economia dos países envolvidos no conflito. As estimativas variam, mas a maioria dos pesquisadores aponta cerca de 8,5 milhão de militares mortos no conflito e cerca de 10 milhões de civis.

Além das perdas humanas, houve grande perda de infraestrutura, como estradas, ferrovias, hidrelétricas, hospitais, habitações, entre tantas outras. No fim da guerra mais um mal se abateu sobre todo o planeta, a pandemia de Gripe Espanhola, que, apesar do nome, provavelmente se originou nos Estados Unidos. O retorno de milhões de soldados para suas casas após o conflito ajudou na disseminação da doença pelo planeta.

Outra consequência da guerra foi o Tratado de Versalhes, assinado em 1919. Apesar do nome, ele foi imposto aos países derrotados. Pelo tratado, os alemães perderam suas colônias na África, parte do próprio território e foram obrigados a pagar pesadas indenizações de guerra aos vencedores. A Alsácia e Lorena passou para o controle francês.

Cláusulas militares limitaram o exército alemão a 100 mil soldados, além de o país não poder ter marinha de guerra nem força aérea. O presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, se opôs ao tratado, afirmando que este era humilhante ao povo alemão e que, em breve, uma nova guerra seria travada por causa dele.

Três impérios derrotados chegaram ao fim, o Império Alemão, o Austro-Húngaro e o Turco Otomano. Outro império que caiu durante o conflito foi o russo. Dos antigos territórios desses impérios foram fundados novos países, como a Polônia, a Finlândia, a Estônia, Letônia, Lituânia, Áustria, Hungria, Tchecoslováquia e Iugoslávia.

A Primeira Guerra foi a primeira “guerra total”, em que todos os recursos do país foram direcionados para o conflito. As mulheres tiveram papel fundamental na economia dos países que estavam diretamente envolvidos na guerra. Durante a guerra, aumentou significantemente o trabalho feminino nos três setores da economia, em diversos países. Após o conflito diversos movimentos organizados por mulheres passaram a exigir direitos, principalmente o direito ao voto.

Trabalhadoras inglesas em uma fábrica de vidro durante a Primeira Guerra Mundial.
Trabalhadoras inglesas em uma fábrica de vidro durante a Primeira Guerra Mundial.

O Brasil passou por um aprofundamento no processo de industrialização no período de guerra. Um processo chamado de “substituição das importações” fez com que o país construísse indústrias durante a batalha. O Brasil importava diversos produtos industrializados da Europa, e com o conflito as nações europeias deixaram de exportar, levando empresários, muito deles imigrantes, a construírem fábricas aqui.

Podemos afirmar que o grande vencedor da Primeira Guerra Mundial foi os Estados Unidos. O país não teve seu território atacado e só entrou no final do conflito no fim, além disso ele viu os grandes impérios do mundo se digladiarem no palco europeu da guerra. O governo norte-americano e instituições do país emprestaram bilhões de dólares para os países em guerra e ocupou parte do comércio global antes controlado pelos grandes impérios enfraquecidos na guerra.

Outra consequência importante da Primeira Guerra Mundial foi a descrença de boa parte da população europeia em relação à democracia. Esta era acusada de não conseguir manter a paz, a estabilidade econômica e social.

Governos autoritários chegaram ao poder em Portugal de Salazar, na Espanha do General Franco, na Itália de Mussolini e na Alemanha de Hitler. O nacionalismo, o militarismo, o culto ao líder, o unipartidarismo, a censura e a perseguição aos opositores se tornaram práticas comuns na Europa das décadas de 1920 e 1930.

Até mesmo na moda a Primeira Guerra Mundial provocou mudanças. Antes da guerra era comum os homens usarem grandes barbas e bigodes. Durante a guerra mundial foram utilizadas armas químicas e, para evitar a contaminação dos soldados, foram desenvolvidas máscaras antigás. Mas as barbas e grande bigodes tornavam as máscaras ineficazes, assim os soldados tinham que se barbear.

Quem lucrou com essa história foi o norte-americano King Camp Gilette, que vendeu milhões de aparelhos e lâminas de barbear para o exército dos Estados Unidos. Cada soldado recebia um kit composto por aparelho e lâminas de barbear. Após o retorno desses soldados para casa, muitas pessoas gostaram do novo visual, e o hábito de se barbear passou a ser comum para a maioria dos homens.

Leia também: Totalitarismo — o regime de governo que cresceu na Europa após a guerra

Segunda Guerra Mundial

O Tratado de Versalhes é apontado como um dos principais motivos da eclosão da Segunda Guerra Mundial. As humilhações impostas pelo tratado à Alemanha, como as pesadas indenizações, perda de territórios e colônias e enfraquecimento das forças armadas, foram responsáveis, em grande parte, pela ascensão de Hitler ao poder em 1933.

Além disso, os conflitos entre as potências europeias não foram solucionados com a Primeira Guerra Mundial, e, para alguns historiadores, a Segunda Guerra Mundial foi apenas uma continuação da anterior. A maioria dos líderes da Segunda Guerra Mundial foram combatentes na primeira, como Stálin, Churchill, Hitler e Mussolini. Alguns historiadores chegam a afirmar que houve apenas uma grande guerra, de 1914 até 1945, com uma trégua de 21 anos entre elas. Para saber mais sobre a Segunda Guerra Mundial, clique aqui.

Exercícios resolvidos sobre a Primeira Guerra Mundial

Questão 1

(Vunesp) As raízes da 1ª Guerra Mundial encontram-se, em grande parte, na história do século XIX. Pode-se citar como alguns dos fatores que deram origem ao conflito desencadeado em 1914:

A) a concentração da industrialização na Inglaterra e o escasso crescimento econômico das nações do continente europeu.

B) a emergência de ideologias socialistas e revoluções operárias que desajustaram as relações entre os países capitalistas.

C) a derrota militar da França pela Prússia, no processo de unificação alemã, e a incorporação da Alsácia e da Lorena à Alemanha.

D) o confronto secular entre a França e a Inglaterra e a crise da economia inglesa provocada pelo bloqueio continental.

E) a política do “equilíbrio europeu”, praticada pelo Congresso de Viena, e o fortalecimento militar da Rússia na Península Balcânica.

Resposta: C.

O chamado revanchismo francês é apontado como uma das causas da Primeira Guerra Mundial. Após a derrota na Guerra Franco-Prussiana, a França desejava retomar o território da Alsácia e Lorena, perdida nesse conflito.

Questão 2

(Fuvest) “As lâmpadas estão se apagando na Europa inteira. Não as veremos brilhar outra vez em nossa existência.” Sobre essa frase, proferida por Edward Grey, secretário das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, em agosto de 1914, pode-se afirmar que exprime:

a) a percepção de que a guerra, que estava começando naquele momento e que iria envolver toda a Europa, marcava o fim de uma cultura, de uma época, conhecida como a Bela Época.

b) a desilusão de quem sabe que a guerra, que começava naquele momento, entre a Grã-Bretanha e a Alemanha, iria sepultar toda uma política de esforços diplomáticos visando evitar o conflito.

c) a compreensão de quem, por ser muito velho, consegue perceber que também aquela guerra, embora longa e sangrenta, iria terminar um dia, permitindo que a Europa voltasse a brilhar.

d) a ilusão de que, apesar de tudo, a guerra que estava começando iria, por causa de seu caráter mortal e generalizado, ser o último grande conflito armado a envolver todos os países da Europa.

e) a convicção de que a guerra que acabava de começar, e que iria envolver todo o continente europeu, haveria de suceder uma outra, a Segunda Guerra Mundial, antes de a paz definitiva ser alcançada.

Resposta: A.

A frase de Edward Grey exprime a visão de que a época de paz, desenvolvimento tecnológico, econômico e cultural na Europa, conhecido como “Bela Época”, chegava ao fim com o início da Primeira Guerra Mundial em 1914.

Créditos das imagens

[1] Dave Goodman / Shutterstock

[2] Wikimedia Commons

Fontes

BLANC, Claudio. Primeira Guerra mundial: a guerra que acabaria com todas as guerras. Camelot Editora, São Paulo, 2020.

SONDHAUS, Lawrence. A Primeira Guerra mundial: história completa. Editora Contexto, São Paulo, 2013.

STEVENSON, David. 1914-1918, História da Primeira Guerra mundial. Editora Novo Século, São Paulo, 2016.

Por Jair Messias Ferreira Junior

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