Nazismo

O nazismo foi uma ideologia de extrema-direita que se propagou pela Alemanha governada por Adolf Hitler.

Por Cassio Remus de Paula

Paramilitares da SA marcham com bandeiras nazistas em 1933.[1]
Paramilitares da SA marcham com bandeiras nazistas em 1933.[1]
Crédito da Imagem: Shutterstock.com
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O nazismo foi uma ideologia de extrema-direita inspirada no fascismo italiano e chefiada por Adolf Hitler. Na posição de ditador totalitário, Hitler conduziu a Alemanha a uma inflexível política de perseguição a todos os opositores e a grupos étnico-raciais considerados perigosos ao Terceiro Reich, o que levou à morte mais de 11 milhões de pessoas — entre elas judeus, eslavos, ciganos e deficientes. O ideal do nazismo era fundamentado na ideia pseudocientífica da “raça superior” alemã, que tinha como objetivo a eliminação física e intelectual do judaísmo na Europa, algo que resultou no Holocausto a partir do ano de 1941.

Leia também: Segunda Guerra Mundial — o conflito global causado por Adolf Hitler

Resumo sobre o nazismo

  • O nazismo surgiu como um pequeno partido nacionalista oriundo da negação ao Tratado de Versalhes, assinado após a Primeira Guerra Mundial.
  • O austríaco Adolf Hitler, membro do partido, rapidamente ascendeu como líder do movimento e procurou tomar o poder do governo alemão por meio de um golpe de Estado, o que resultou em sua prisão.
  • As principais ideologias do nazismo eram o antissemitismo, o anticomunismo, o anticapitalismo e a fobia por estrangeiros e Estados democráticos.
  • Ao ascender ao poder da Alemanha em 1933, Hitler instaurou suas primeiras medidas totalitárias, tais como a proibição de todos os outros partidos e as primeiras leis de perseguição à comunidade judaica.
  • Secretamente, Hitler restaurou as Forças Armadas alemãs, que haviam sido suprimidas no Tratado de Versalhes, e, depois, invadiu a Polônia em 1939, dando início à Segunda Guerra Mundial.
  • O nazismo foi responsável por profundas consequências ao redor do mundo, tais como milhões de assassinatos, a devastação da Europa e a ascensão de movimentos neonazistas.

Videoaula sobre o nazismo

O que é nazismo?

O nazismo é uma ideologia de extrema-direita que surgiu na Alemanha do pós-Primeira Guerra Mundial e teve como líder o ditador austríaco Adolf Hitler. Inspirado no modelo do fascismo implementado na Itália pelo ditador Benito Mussolini, o nazismo configurou a dominação do Terceiro Reich sobre os territórios ocupados pelos alemães, tornando-se uma das ideologias mais violentas já registradas na história. Além de provocar o assassinato sistemático de milhões de pessoas, a Alemanha nazista tornou-se a causa direta do advento da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que resultou na morte de mais de 60 milhões de pessoas.

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Origem do nazismo

A origem do nazismo remete a um pequeno partido de trabalhadores alemães fundado no final da década de 1910, sem vínculos diretos, ainda, ao nacional-socialismo (por isso, o nome “nazista”, que é uma abreviação dessa palavra composta). Esse partido, chamado na época apenas de Deutsche Arbeiterpartei (Partido Alemão dos Trabalhadores), havia sido fundado pelo chaveiro Anton Drexler e pelo jornalista Karl Harrer, dois nacionalistas alemães que depositavam no partido suas frustrações relacionadas à derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Contudo, o partido não era o único grupo com sentimentos revanchistas contra as potências vencedoras da guerra (França, Inglaterra e Estados Unidos, principalmente). Na verdade, grande parte da população alemã, bem como do outrora Império Alemão, dissolvido após o conflito, nutria o mesmo sentimento de revolta com as exigências do Tratado de Versalhes — documento assinado em 1919 que impunha não apenas indenizações à Alemanha, mas procurava puni-la pela guerra iniciada no ano de 1914.

O partido criado por Drexler e Harrer consistia em apenas mais um grupo com características fortemente nacionalistas, caracterizado por uma intensa propaganda anticomunista (principalmente em oposição à Revolução Alemã, de cunho progressista, ocorrida principalmente na região da Baviera) e, ao mesmo tempo, anticapitalista.

Por causa do Tratado de Versalhes, fome, desemprego e gasto de economias tornaram-se inevitáveis no cotidiano de grande parte dos alemães. O intuito de reduzir a Alemanha à miséria, por parte da autora do tratado — a Liga das Nações — surtiu, entretanto, um efeito que superou as expectativas.

Adolf Hitler era um dos veteranos da Primeira Guerra Mundial com sentimentos de revanche que haviam aderido ao Partido Alemão dos Trabalhadores. Membro número 7 do partido e admirador ferrenho do então primeiro-ministro italiano, Benito Mussolini, Hitler rapidamente chamou a atenção por suas habilidades em oratória, algo que lhe angariou o título de Führer (líder) do grupo em 1921.

A partir de então, o partido passou por profundas mudanças, entre as quais sua renomeação para Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, ou Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Com Hitler na liderança do partido, ideologias antes discutidas entre os membros passaram a se tornar os fundamentos do grupo: supremacia racial, antissemitismo, anticapitalismo e anticomunismo, além das críticas às democracias, que haviam se mostrado instáveis quando da crise econômica de 1929.

Principais características do nazismo

O conceito de nazismo pode ser fundamentado pelas seguintes características:

→ O mito da “raça ariana”: para os nazistas, havia uma hierarquia racial na qual apenas pessoas caucasianas, loiras e de olhos claros poderiam ser potencialmente consideradas geneticamente “puras”. Assim, passaram a defender a “higienização” da raça alemã, que deveria ocorrer por meio da deportação de não arianos, o que, depois, levou a projetos de castração e ao assassinato sistemático de pessoas fora desse padrão. Para saber mais sobre a ideia de uma “raça ariana”, clique aqui.

→ Xenofobia: o nacionalismo alcançou proporções irreversíveis para os nazistas. Isso significava que nenhuma pessoa estrangeira ou de antecedências não arianas poderia viver em solo alemão — uma crença que estimulou a eliminação de milhões de pessoas ao passo que o Reich expandia os seus territórios. As principais vítimas foram os eslavos, os judeus e os ciganos, apesar de quase todo estrangeiro ter sido perseguido na Alemanha nazista.

→ Militarismo: o nazismo defendia e exercia o recrutamento massivo de militares para assegurar, de maneira inflexível, o seu regime e os territórios conquistados. Para isso, Hitler financiou a reconstrução das Forças Armadas alemãs de maneira relativamente discreta, a fim de não alarmar os agentes fiscalizadores do Tratado de Versalhes. Ao anunciar sua Wehrmacht (Forças Armadas) reformada na década de 1930, no entanto, as antigas potências da Entente nada fizeram, pois ainda se recuperavam financeiramente da Grande Guerra.

Soldados alemães marcham em desfile sobre a Polônia invadida em 1939.
Soldados alemães marcham em desfile sobre a Polônia invadida em 1939.

→ Eugenia: teorizada primeiramente pelo inglês Francis Galton, a eugenia era uma das principais ideologias pseudocientíficas defendidas pelos nazistas e encontrava-se indissociável à questão da “raça pura”. De acordo com a eugenia, seria possível aprimorar a raça humana por meio da manipulação genética, a fim de suprimir, de acordo com seus defensores, “fraquezas” relacionadas às condições físicas e mentais dos seres humanos. Essa ideia foi disseminada por grande parte do mundo (inclusive no Brasil), chegando a fazer parte de programas do governo nos Estados Unidos e na Alemanha — aliás, muitos palestrantes norte-americanos chegaram a realizar conferências na Alemanha nazista antes da Segunda Guerra Mundial, já que, nos Estados Unidos, o programa de esterilização forçada já havia atingido mais de 60 mil pessoas, especialmente as que possuíam alguma deficiência mental, psiquiátrica ou intelectual. No Terceiro Reich, o programa de “purificação racial” foi além: deficientes físicos e mentais, homossexuais, judeus, eslavos, ciganos, entre outros, eram assassinados. Para saber mais, clique aqui

→ Culto à violência: os nazistas, assim como os fascistas, acreditavam que a violência era um sinal de caráter e que subjugaria os povos mais fracos — uma concepção oriunda da também pseudociência chamada de darwinismo social. Por conta disso, Hitler estimulava os nazistas a exercerem violência física e intelectual contra todos que eram considerados “inferiores” aos alemães.

→ Totalitarismo de extrema-direita: o nome “nacional-socialismo” pode causar confusão pela união de suas palavras, mas esse termo nada tem a ver com o socialismo disseminado na União Soviética. Na verdade, significa que a parte “social” do conceito tem a ver com o povo da nação, e não com as classes sociais. Isso significa que os nazistas não apenas rejeitavam, mas sentiam repulsa por toda e qualquer organização coletiva, tais como sindicatos e movimentos operários. Na prática, isso implicou a prisão, tortura e morte de milhões de adeptos a partidos de esquerda ou militantes comunistas. Apesar de ter angariado aliados no início do regime devido às suas críticas à classe burguesa, o Terceiro Reich se aliou aos grandes empresários para alimentar a indústria do Estado.

→ Antissemitismo: o sentimento de ódio sobre o povo judaico ou seus descendentes não era uma exclusividade da Alemanha e tampouco algo surgido apenas no século XX, mas, com a ascensão de Hitler, essa fobia chegou a níveis irreparáveis: pouco a pouco, leis promulgadas pelos nazistas passaram a retirar os direitos dos judeus alemães, desde negócios boicotados a proibições de casamento entre judeus e alemães “puros” — algo que, com o passar dos anos, chegou à etapa da eliminação física e aleatória e, por fim, à chamada “Solução Final” (plano dos nazistas que objetivava exterminar irreparavelmente as comunidades judaicas da Europa), colocada em prática em 1941. O resultado foi de aproximadamente seis milhões de judeus assassinados, a maioria em campos de extermínio e de concentração. O ódio contra o povo judaico na Alemanha do início do século XX baseava-se na ideia de que, ao migrarem para o país germânico, os judeus trouxeram consigo ideias econômicas modernas para a época, algo que parte da população alemã conservadora não compreendeu, passando a acusar os judeus de “roubarem” suas riquezas, empregos e prosperidade. Hitler transformou essa fobia em uma teoria da conspiração, disseminando a inverdade de que os judeus “controlavam” todos os inimigos da Alemanha, desde a União Soviética até os Estados Unidos. Para saber mais, clique aqui.

→ Obsessão pelo “espaço vital”: todos os métodos violentos exercidos por Hitler e seus subordinados giravam em torno de um objetivo final: a conquista do Lebensraum (“espaço vital”), um território no oriente europeu que deveria ser conquistado a todo custo, a fim de tornar a Alemanha uma potência irrefreável e subjugar todos os seus inimigos. Para isso, no entanto, os nazistas deveriam conquistar, principalmente, uma região que julgavam estar sob posse de um inimigo fraco (a União Soviética), que atacaram em meados de 1941. Essa invasão teve por consequência uma contraofensiva soviética que levou o Reich ao fim no ano de 1945.

→ Dualidade entre tradição e modernidade: ideologicamente, o nazismo refletia muito o pensamento popular novecentista (valorização da arte e cultura do século XX), mas procurava também resgatar a antiga glória germânica da Antiguidade. Nesse sentido, o nazismo financiou diversos projetos bélicos que alavancaram a tecnologia alemã na indústria de guerra, como submarinos elétricos, aviões a jato e mísseis de longo alcance, e também investiu na modernização do Estado, o que resultou em diversas arquiteturas brutalistas, como prédios, fábricas e bases militares.

Quais são os símbolos do nazismo?

→ Suástica: símbolo mais disseminado pelo Terceiro Reich, a suástica (Hakenkreuz) é também conhecida como cruz gamada, mas não foram os nazistas que a inventaram. Esse símbolo possui conotação espiritual para diversas culturas milenares, inclusive a hindu. Na Alemanha, ela era utilizada na mitologia para figurar o “fogo verticilado”, ou seja, a força que originaria o universo. No entanto, no início do século XX, a suástica passou a ser utilizada como símbolo do povo alemão por meio de uma revista de conotação conservadora e antissemita. Hitler, como ávido leitor da revista, rapidamente compreendeu que aquele símbolo poderia gerar fascínio nas pessoas em geral e por isso a adaptou a um fundo vermelho para que fosse utilizada como ícone do Partido Nazista (ele mesmo se dizia especialista em assuntos sobre marxismo e, por isso, “usurpou” a cor dos bolcheviques para fins psicológicos). No entanto, é incerto se de fato a apropriação veio de Hitler ou de um dos membros do partido, mas é certo que ele o disseminou até que o impacto visual causado pelo símbolo fosse imediatamente associado ao nazismo. Atualmente, o uso da suástica ou adereços com ela é proibido em diversos países do mundo, inclusive no Brasil.

Bandeira da Alemanha Nazista, com suástica ao centro.
Bandeira da Alemanha Nazista, com suástica ao centro.

Reichsadler e Parteiadler: traduzida literalmente como “Águia do Império”, a Reichsadler foi um símbolo reapropriado por Hitler para ser combinado com a suástica e representar o Terceiro Reich alemão e seus combatentes (já que essas águias eram bordadas nos uniformes). O seu uso remete a situações anteriores ao nazismo, já tendo sido utilizado em outros momentos da história alemã (cada um com seu próprio desenho), como no Sacro Império Romano-Germânico e o Segundo Reich; no entanto, durante o Terceiro Reich, a águia passou a segurar, em suas garras, uma suástica. A Parteiadler, ou “Águia do Partido”, assemelha-se ao símbolo do Reich nazista, mas seus contornos são menos arredondados e era utilizada pelos membros do Partido Nazista.

A “Águia do Partido”, um símbolo utilizado pelo partido nazista.
A “Águia do Partido”, um símbolo utilizado pelo partido nazista.

→ SS: sigla para Schutzstaffel, ou “Tropa de Proteção”, o seu símbolo dispõe de duas letras “S” em alfabeto rúnico. A SS era uma instituição dividida em dois setores: a Allgemeine-SS, designada para as funções administrativas do Reich (inclusive a manutenção, execução e fiscalização dos campos de concentração), e a Waffen-SS, constituída por combatentes que tinham como função auxiliar as Forças Armadas alemãs e cooptar com a Allgemeine-SS na eliminação dos inimigos do Estado. A SS foi responsável pela maior parte dos crimes de guerra, contra a paz e contra a humanidade durante a Segunda Guerra Mundial.

Soldado da Waffen-SS ostenta o símbolo da instituição nazista.[2]
Soldado da Waffen-SS ostenta o símbolo da instituição nazista.[2]

Balkenkreuz e a Cruz de Ferro: a Balkenkreuz, ou “cruz báltica”, não é um símbolo nazista, mas se tornou mais conhecida pelo uso do Exército Alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Utilizada pelo setor militar alemão desde 1918, a Balkenkreuz, que, por sua vez, deriva da insígnia germânica Eisernes Kreuz (Cruz de Ferro), foi utilizada para identificar as tropas e veículos da Wehrmacht (Exército) do Terceiro Reich. A Cruz de Ferro era utilizada pelas tropas prussianas desde o ano de 1813, quando das guerras contra Napoleão, mas foi adaptada por Hitler com uma suástica ao centro e se tornou uma das condecorações mais populares entre os nazistas.

Cruz de Ferro com suástica no centro, mais um símbolo nazista.
Cruz de Ferro com suástica no centro, mais um símbolo nazista.

→ Sol Negro: símbolo associado ao ocultismo nazista, o Schwarze Sonne — Sol Negro — é mais utilizado pelos neonazistas que pelos nazistas de fato. O seu uso durante o Terceiro Reich remete a um mosaico de doze runas sobrepostas ao centro de uma circunferência, construídas em um dos pisos do castelo de Wewelsburg, na Alemanha. A propriedade, adquirida pelo chefe da SS, Heinrich Himmler, tornou-se o principal símbolo de atividades ocultistas que giravam em torno do misticismo criado em torno da pureza racial alemã.

Sol Negro, símbolo nazista e neonazista.
Sol Negro, símbolo nazista e neonazista.

→ Sieg Heil: não se trata de um símbolo estético, mas de um cumprimento nazista. Desde que Hitler se autoproclamou Führer do Terceiro Reich, os nazistas passaram a utilizar esse cumprimento para exaltar o ditador e o regime. Com o corpo ereto, erguiam o braço direito rigidamente a cerca de 70º, muitas vezes anunciando um sonoro Heil Hitler (“Viva Hitler”).

Multidão fazendo a famosa saudação nazista “Heil Hitler”.[3]
Multidão fazendo a famosa saudação nazista “Heil Hitler”.[3]

Adolf Hitler e o nazismo

Desde a derrota da Tríplice Aliança e, consequentemente, da Alemanha em 1918, o revanchismo alemão passou a se tornar cada vez mais radical. O nacionalismo radical levou diversos setores da sociedade alemã a buscarem por bodes expiatórios que seriam culpados pela derrota alemã. Parte da população apontava os judeus, os comunistas e a “degradação racial” de terem levado o país à ruína.

Essas acusações, no entanto, eram traços de um radicalismo negacionista tanto histórico quanto científico herdado ainda do século XIX, mas que se evidenciaram com cada vez mais força após a Primeira Guerra Mundial. Na verdade, o pensamento “comum” dos grupos radicais refletia um pessimismo adquirido ainda no século XIX, em contraste com a atmosfera da Belle Époque francesa.

O sentimento de negação e revolta era comum na atmosfera alemã entre os séculos XIX e XX. Adolf Hitler, um pintor frustrado e veterano da Grande Guerra nascido na Áustria, era apenas um deles — com a diferença de que conseguia convencer multidões por meio de sua fala agressiva. Portanto, ao contrário do que muitos poderiam imaginar, Hitler nada tinha de “louco”. Ele apenas dizia o que parte da população alemã queria ouvir na época.

O ditador Adolf Hitler em 1936.[4]
O ditador Adolf Hitler em 1936.[4]

Após sua entrada no recém-criado Partido dos Trabalhadores Alemães em 1919, Hitler imediatamente chamou a atenção por seus discursos antissemíticos e antibolcheviques, além de criticar enfaticamente a República de Weimar. A sua habilidade com oratória o colocou como líder do partido ainda em 1921, quando modificou os objetivos da organização e a renomeou para “Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães”.

Por meio de intensa propaganda e discursos públicos, Hitler angariou, com o tempo, milhares de adeptos, que concordavam com suas políticas radicais inspiradas no fascismo italiano, mas que se provaram, com o tempo, ainda mais radicais que as disseminadas por Mussolini.

Na verdade, Hitler procurou não apenas se inspirar no fascismo, como também tentou promover um golpe de Estado da mesma maneira que o Duce na Itália. Em 1923, ao marchar com cerca de dois mil nazistas em direção a Munique, protegido pela força paramilitar nazista da SA (abreviação para Sturmabteilung, ou “Seção de Assalto”), Hitler e seus militantes entraram em um confronto com a polícia. Treze nazistas foram mortos e diversos aprisionados, inclusive o próprio Hitler.

Na cadeia, com a ajuda de seus comparsas, pois ele era um escritor inábil, Hitler escreveu “Minha Luta” (Mein Kampf), livro em que redigiu um ensaio político sobre o nacional-socialismo e disseminou o seu ódio pelo povo judaico. Após alguns meses preso, em 1924 ele foi libertado.

A tentativa fracassada de golpe não desincentivou Hitler; muito pelo contrário, ele reformulou o Partido Nazista a fim de participar legalmente das eleições alemãs, ao invés de seguir como líder de um grupo revolucionário e golpista. O ano de 1929 foi especialmente interessante para os membros do partido: os países democráticos e liberais entraram em crise econômica com o advento da quebra da bolsa de valores de Nova York. Com isso, aumentou-se o número de adeptos ao nacionalismo radical, e Hitler parecia o mais propenso a solucionar os problemas econômicos da Alemanha.

Com isso, em 1932, o partido conquistou a maioria dos membros no Parlamento alemão, com mais de 37% de representantes. O presidente alemão da época, Paul von Hindenburg, nomeou Hitler chanceler no início de 1933.

A primeira manobra de Hitler para chegar ao topo da hierarquia política alemã foi orquestrar um incêndio criminoso no Parlamento (o Reichstag). O motivo: disseminar o terror entre a população alemã e apontar os comunistas como autores. Como manobra, convenceu Hindenburg a assinar a Lei de Concessão de Plenos Poderes, documento que permitia, finalmente, consolidar poderes autoritários ao chefe nazista.

Hitler cumprimenta o presidente Paul von Hindenburg.
Hitler cumprimenta o presidente Paul von Hindenburg.

Com isso, Hitler imediatamente proibiu todos os partidos políticos, exceto o nazista; todos os opositores mais críticos ao nazismo, entre social-democratas e socialistas, foram aprisionados e enviados para o campo de concentração de Dachau. No ano seguinte, coordenou a Noite das Facas Longas, em que todos os rivais nazistas dentro do grupo paramilitar SA (Sturmabteilung) foram assassinados. Em agosto de 1934, o presidente Hindenburg morreu de causas naturais e, com isso, Hitler automaticamente se declarou chefe supremo da Alemanha.

No decorrer dos demais anos da década de 1930, Hitler decretou as primeiras leis antissemíticas: em ordem cronológica de decretos, até o ano de 1939, estipulou-se que, entre a população judaica, profissionais da saúde ou saúde veterinária perderiam o direito de exercer seus ofícios; estudantes foram expulsos das universidades e escolas; casamentos com alemães “puros” foram proibidos (parte das Leis de Nuremberg), professores foram demitidos, bens foram confiscados para serem redistribuídos entre os alemães, empresas foram fechadas, a livre circulação foi restringida e pedras ou metais preciosos foram apreendidos.

Adolf Hitler foi responsável por iniciar a Segunda Guerra Mundial no ano de 1939, quando invadiu a Polônia, e exerceu a posição de chefe de Estado até abril de 1945, quando cometeu suicídio perante a aproximação dos exércitos soviéticos em Berlim.

Leia também: Einsatzgruppen – os grupos de extermínio nazistas

Campos de concentração nazistas e o Holocausto

Desde a ascensão de Hitler ao poder, campos de concentração foram construídos por toda a Alemanha e, mais tarde, nos países ocupados pelos alemães. O objetivo era eliminar sistematicamente todas as pessoas “indesejadas” pela Alemanha nazista.

Estima-se que os nazistas tenham construído mais de 40 mil campos de concentração de 1933 a 1945, um número elevado, considerando-se que os nazistas exterminaram cerca de 11 milhões de pessoas durante todo o regime de Hitler. Aproximadamente seis milhões dessas vítimas eram judeus; o segundo maior grupo era formado por eslavos, composto principalmente por russos e poloneses. Ciganos, dissidentes, deficientes, homossexuais, negros, prisioneiros de guerra e Testemunhas de Jeová tiveram o mesmo destino, sem se poupar qualquer faixa etária ou gênero — mulheres, grávidas, crianças e idosos eram igualmente oprimidos e assassinados.

O método de agrupamento das vítimas civis, em especial as de origem judaica, era pelo cercamento de forças (geralmente da SS) em grandes comunidades. Em alguns casos, partes da cidade chegavam a ser muradas para a formação de guetos, como o Gueto de Varsóvia, na Polônia. Depois, a sua população era obrigada a adentrar em trens com destino aos campos de concentração, sob a premissa de serem designados a trabalhos de colaboração ao Reich. Nesse meio-tempo, atos de insubordinação ou desrespeito às leis nazistas tendiam a ser punidos com morte.

Nos campos, os prisioneiros eram confinados em pequenos espaços e exerciam trabalho forçado braçal ou administrativo. As condições precárias de saúde, a má alimentação, a exaustão e a tortura faziam parte do cotidiano dos cativos, muitos dos quais morreram sem mesmo serem direcionados ao programa de assassinato em massa. Cerca de 1 milhão de pessoas pereceram com a insalubridade dos campos.

Arranhões nas paredes internas de uma câmara de gás em Auschwitz denuncia o desespero de suas vítimas.[5]
Arranhões nas paredes internas de uma câmara de gás em Auschwitz denuncia o desespero de suas vítimas.[5]

A partir de 1941, os nazistas estipularam a Solução Final, que consistia na eliminação sistemática de toda a população judaica. A partir desse momento, os judeus passaram a ser enviados para campos de extermínio. Ao contrário dos campos de concentração, que eram erigidos para conter prisioneiros, os campos de extermínio tinham como propósito o que sugere o seu nome: eliminar sistematicamente os judeus. Esse período, que durou até o ano de 1945, ficou mais popularmente conhecido como Holocausto.

O principal meio de eliminação, nesses campos, era a asfixia por Zyklon-B, um gás cianídrico que, teoricamente, levava a vítima à morte em poucos minutos. Depois de despidas, centenas de pessoas eram confinadas e trancadas em um pequeno espaço sem iluminação — as câmaras de gás. Para conduzi-las até as câmaras, os nazistas tendiam a argumentar que aqueles espaços eram destinados a banhos coletivos obrigatórios.

No entanto, esse método era ainda mais cruel na prática: mais de trinta minutos poderiam se passar para levar uma pessoa a óbito. Depois, os corpos eram retirados, geralmente em carrinhos de mão, e cremados em fornalhas; em alguns casos, as vítimas poderiam sobreviver ao gás, mas eram eliminadas pessoalmente logo depois. Em alguns casos, eram queimadas nas fornalhas com os corpos das demais vítimas.

Em 1945, centenas de milhares de pessoas confinadas nos campos de concentração foram libertadas por tropas dos Aliados e auxiliaram na construção da memória das vítimas do nazismo, apesar de o episódio ter marcado irreversivelmente a vida de cada sobrevivente.

Consequências do nazismo

O nazismo gerou consequências tanto imediatas quanto percebidas a longo prazo. Entre as consequências imediatas, foi deflagrada uma guerra ainda mais sanguinária e destrutiva que o conflito mundial anterior, com mais de 60 milhões de mortes e um continente devastado. A Europa, por quase seis anos, foi constantemente bombardeada por ambas as facções beligerantes, transformando-se, em algumas de suas cidades, em vastas ruínas abandonadas. Logo após o término da guerra, os Estados Unidos financiaram pacotes de reconstrução do continente a custos de juros altíssimos, uma questionável forma de lucro já obtida após a Primeira Guerra Mundial.

O término da Segunda Guerra Mundial também resultou em eventos históricos marcantes, como a destruição das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, por parte do lançamento de bombas nucleares norte-americanas, que objetivava amedrontar uma potência ideologicamente contrária ao neoliberalismo: a União Soviética. Com isso, logo surgiu a Guerra Fria, que dividiu o mundo em dois polos ideológicos: o capitalismo e o socialismo.

Em relação ao nazismo, houve também uma reforma relacionada aos julgamentos de guerra. Ao final de 1945, por exemplo, as potências vencedoras iniciaram os julgamentos de Nuremberg, que condenaram mais de 100 nazistas de alto escalão por seus crimes de guerra, crimes contra a humanidade e crimes contra a paz. No entanto, a percepção sobre os crimes relacionados ao antissemitismo e outros grupos vitimados pelos nazistas só veio à tona no ano de 1961, quando foram compiladas provas sobre o genocídio dos campos de extermínio.

Os efeitos mais duradouros do nazismo, entretanto, refletem-se nos grandes números de grupos neonazistas espalhados pelo mundo, conforme veremos mais adiante.

Nazismo x fascismo

O nazismo é profundamente inspirado no fascismo, mas existem características que definem as suas principais diferenças.

O fascismo, que remete à palavra italiana fascio — ou “feixe”, que, para os antigos romanos, denotava autoridade —, tinha como uma de suas premissas o retorno aos tempos áureos do Império Romano. Seu principal defensor, o italiano Benito Mussolini, tornou-se primeiro-ministro da Itália em 1922. Sua postura antidemocrática, militarista e extremamente nacionalista angariou diversos adeptos, que desejavam uma Itália de perfil autoritário e inflexível, fundamentada em ideologias ao mesmo tempo antissocialistas e antiburguesas. Mussolini exerceu a função de Duce (“líder”, para os italianos) até 1945, ano em que foi capturado e morto pelos partisans locais.

Hitler caminha ao lado de Mussolini em 1934.
Hitler caminha ao lado de Mussolini em 1934.

Apesar de condenar o capitalismo, Mussolini selou alianças com diversas figuras da indústria privada italiana, apropriando-se apenas de negócios de rivais políticos e estrangeiros. Mussolini também adotava um perfil populista para angariar a aprovação das massas e o culto ao fascismo, ao mesmo tempo em que defendia o uso da violência física para conter os opositores de seu governo.

As características apontadas acima fundamentam também o nazismo, com algumas diferenças: este adotou uma política radicalmente racista, algo que, inclusive, geraria discussões entre Hitler e Mussolini. Enquanto, a princípio, o ditador italiano era símbolo de plenitude política, para o ditador do Terceiro Reich, com o tempo, essa impressão passou a perder força: desde o início da Segunda Guerra Mundial, a Itália passou a se tornar um problema para a Alemanha, devido ao seu arsenal inferior ao dos alemães e à má administração de recursos.

O que é o neonazismo?

O neonazismo é um movimento que aflige o mundo nos dias atuais. Os seus adeptos cultuam Hitler, o nazismo e outras figuras que fazem apologia a políticas de exclusão ou agressão a minorias.

Além de defender a ideia de uma raça branca superior, o neonazismo também faz apologia à xenofobia, à islamofobia, à homofobia, à transfobia e ao antissemitismo, além de propagar o ódio a qualquer política de caráter democrático ou progressista. O neonazismo é também responsável pela propagação de desinformações, negacionismo e revisionismo, inclusive muitas vezes afirma que o Holocausto não existiu.

Esse movimento surgiu anos após o término da Segunda Guerra Mundial, com a criação de partidos de extrema-direita que “camuflavam” ideologias do nazismo, mas sob outros nomes. O Partido Nacional-Democrático da Alemanha, por exemplo, fundado no ano de 1964, tinha cunho abertamente antissemita, racista, revisionista e xenofóbico. Com a reunificação da Alemanha em 1990, recebeu um grande número de adeptos neonazistas e ainda funciona como um partido ativo no país.

Nos Estados Unidos, cerca de mil grupos neonazistas encontram-se ativos. O alto número de adeptos ao movimento se dá pela proteção do governo à “liberdade de expressão”, que, de maneira irrestrita, reflete a Primeira Emenda da Constituição do país, assinada em 1791. Por lá, diversos movimentos e políticas segregacionistas, como as leis de Jim Crow e a fundação da Ku Klux Klan, excluíram e assassinaram minorias, refletindo-se pesadamente no cotidiano da população afro-americana. Para saber mais sobre o neonazismo, clique aqui.

Mapa mental sobre o nazismo

Mapa mental sobre o nazismo. (Créditos da imagem: Gabriel Franco | História do Mundo).
Mapa mental sobre o nazismo. (Créditos da imagem: Gabriel Franco | História do Mundo).

Exercícios sobre nazismo

1. (PUC-RS) Analise as afirmativas sobre os totalitarismos nazista e fascista do período entreguerras, preenchendo os parênteses com F (falso) ou V (verdadeiro).

( ) Os movimentos totalitários combatiam o liberalismo e o marxismo, contra os quais opunham o discurso nacionalista.
( ) Tanto o nazismo quanto o fascismo receberam amplo apoio dos estratos mais pobres da população.
( ) Ao contrário do nazismo, o fascismo, uma vez no poder, não criou um mecanismo estatal especializado em propaganda.
( ) A questão racial foi mais enfatizada pelo discurso nazista do que pelo fascismo.
( ) O nazismo e o fascismo foram fenômenos políticos restritos à Alemanha e à Itália, não exercendo influência em outros países do Ocidente.

O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) V – F – F – V – F
b) V – V – F – V – F
c) V – F – V – F – F
d) F – F – F – V – V
e) F – V – V – F – V

Resposta: b) V – V – F – V – F. Ambos os movimentos foram marcados pela disseminação de ideias antiliberais e antimarxistas, angariando apoiadores das camadas sociais mais baixas, que, por sua vez, eram os principais alvos da miséria causada pelas políticas do pós-Primeira Guerra Mundial. Um dos principais mecanismos de disseminação dessas ideologias foi a propaganda, o que facilitou as suas dispersões para além de seus territórios de origem.

2. (Unimontes) Sobre o nazismo, é INCORRETO afirmar que:

a) foi favorecido pela crise do capitalismo norte-americano no final da década de 1920, uma vez que a Alemanha já estava reinserida na economia mundial.
b) se tratava de um movimento político, sem qualquer relação com sentimentos e crenças anteriormente existentes na sociedade alemã.
c) o programa de metas do nazismo atraiu a classe média alemã porque ela estava temerosa do avanço do socialismo.
d) o nacional-socialismo nazista previa a criação da Grande Alemanha, entendida como espaço vital para a realização do “destino ariano”.

Resposta: b) se tratava de um movimento político, sem qualquer relação com sentimentos e crenças anteriormente existentes na sociedade alemã. O nazismo era um dos reflexos do pensamento conservador europeu erigidos ainda durante o século XIX, oposto à atmosfera da Belle Époque, propagada na França.

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[5] Michael Korls / Wikimedia Commons

Fontes

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SOUTHERN POVERTY LAW CENTER. Disponível em: <https://www.splcenter.org>.

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