A Era Vitoriana foi o período correspondente ao reinado da rainha Vitória de Hanover, entre os anos de 1837 e 1901. Durante esse período, o Império Britânico chegou a seu auge, com o desenvolvimento industrial, a expansão do império colonial e a evolução política interna, tornando-se uma hegemonia europeia.
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Resumo sobre a Era Vitoriana
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Foi o período correspondente ao reinado da rainha Vitória de Hanover, entre os anos de 1837 e 1901.
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Foi um período de prosperidade material para a Inglaterra, devido à consolidação da indústria e à expansão do império colonial para a África e a Ásia.
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A arte recebeu influência de várias correntes artísticas e viveu-se um período de grande estabilidade.
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A arquitetura reviveu o estilo gótico medieval no neogótico, que influencia construções arquitetônicas até os dias de hoje.
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A moda foi favorecida pelo avanço industrial e se caracterizou pelo uso de vestidos estilizados com mangas longas, troncos alongados e saias com grande volume, em formato de cúpula.
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A economia britânica foi bastante próspera. A expansão industrial e a expansão da colonização da África e da Ásia representaram o auge do império britânico no século XIX.
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A literatura foi caracterizada pelo romantismo, destacando-se as obras de Oscar Wilde e Charles Dickens.
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A cultura vitoriana era muito rica e resultava do conjunto as diversas manifestações.
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A sociedade da época era marcada pela desigualdade material entre as camadas mais ricas e as operárias, mais pobres.
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A população inglesa cresceu muito, o que é explicado pelo desenvolvimento industrial e colonial aliado à prosperidade material e estabilidade política.
Contexto histórico e principais características da Era Vitoriana
O contexto histórico da Era Vitoriana foi o do reinado da rainha inglesa Vitória de Hanover, entre os anos de 1837 e 1901, que subiu ao trono após a morte de seu tio, o rei Guilherme IV, que não teve filhos.
Nesse período, ocorreram importantes transformações na Inglaterra, como a expansão e o apogeu do Império Britânico; a consolidação da Segunda Revolução Industrial; a reorganização do império colonial com a adoção de sistemas de governos locais; a intensificação da colonização da África; o isolamento da Inglaterra das disputas políticas continentais da Europa; e a organização da Pax Britannica — uma era de paz e prosperidade para a nação.
A Era Vitoriana foi classificada como o mais longo reinado da história britânica até o ano de 2022, por ter durado 64 anos, entre 1837 e 1901. Isso porque o reinado da rainha Elizabeth II (1952-2022) durou 70 anos, entre 1952 e 2022, o que reorganizou essa classificação.
Arte e arquitetura na Era Vitoriana
A arte da Era Vitoriana foi influenciada por várias correntes artísticas, como o romantismo e o neoclassicismo. Na arte, a Era Vitoriana foi um período de grande fertilidade. Em 1851, teve início a primeira edição da Grande Exposição Mundial, que tinha por princípio expor as maiores inovações científicas e culturais da época.
Durante a Era Vitoriana, ocorreu o resgate da estética arquitetônica gótica, sob a forma do estilo neogótico. Esse estilo é caracterizado como revivalista, ou seja, que se baseia em reviver outro estilo historicamente anterior. Como características do neogótico, pode-se elencar as construções altas, com torres e adornos, os vitrais, as rosáceas e os entalhes externos; do lado interno, as abóbadas e os arcos se organizam no teto, adornados por metal ou pedra, envoltos em figuras geométricas e cenas religiosas.
Moda na Era Vitoriana
A moda se desenvolveu de maneira intensa durante a Era Vitoriana. Possibilitada pelo avanço industrial, e com este o desenvolvimento de novos materiais e técnicas de produção têxtil e de acessórios, se aliou aos valores da época, propagados por meio da literatura e das artes. Comumente dividida em períodos específicos, a moda vitoriana foi marcada especialmente pela moda feminina.
O estilo envolvia o uso de vestidos estilizados com mangas mais longas, troncos alongados e saias com grande volume, em formato de cúpula. A partir da década de 1850, passou a ser usada a crinolina, uma armação metálica em forma de cúpula que garantia grande volume às saias e possibilitou a redução do número de camadas de tecido necessárias para gerar esse efeito. Na imagem a seguir, é possível ver como eram as vestimentas típicas da Era Vitoriana:
Literatura na Era Vitoriana
A literatura da Era Vitoriana foi marcada pelo desenvolvimento do romantismo (XIX-XX), sobretudo a transição das poesias para os romances, destacando-se as obras de Charles Dickens (1812-1870) e Oscar Wilde (1854-1900).
Em geral, os romances desse período retratavam um modo idealizado de vida, no qual as difíceis condições de trabalho eram constantes e os valores como a perseverança e o amor encaminhavam os protagonistas para a recompensação final. Por outro lado, obras como O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, publicado em 1890, contestavam esse modelo padrão, tecendo severas críticas aos valores da sociedade vitoriana.
Cultura na Era Vitoriana
A cultura da Era Vitoriana era muito rica e marcada pelo desenvolvimento paralelo de diversas manifestações, como as artes plásticas — com destaque para os quadros produzidos pelo germânico Franz Winterhalter, que retratavam o modo de vida inglês da época —; a poesia e a prosa românticas na literatura; a moda; e a arquitetura neogótica.
Economia na Era Vitoriana
A economia da Era Vitoriana foi próspera, pois a consolidação da indústria, por meio da Segunda Revolução Industrial, levou a Inglaterra a uma situação de alta prosperidade material. Além disso, a expansão do Império Britânico para a África e Ásia trouxe à Inglaterra maiores possibilidades de exploração industrial e, consequentemente, de lucros. Com isso, a economia prosperou de tal modo que essa época ficou conhecida como Pax Britannica.
Como era a sociedade na Era Vitoriana?
A sociedade na Era Vitoriana foi marcada pela desigualdade material entre as camadas mais ricas e as operárias, mais pobres. Além disso, diferenças políticas levavam à eclosão de diversos movimentos que reivindicavam a participação política de operários dos centros urbanos e a representação de classe desses trabalhadores, como é o caso do movimento das Trade Unions, que formou os primeiros sindicatos.
População da Era Vitoriana
A população, durante a Era Vitoriana, cresceu de modo nunca visto. Os índices demográficos apontam que, em 1831, a população da Inglaterra era de 13,9 milhões de pessoas e, em 1901, esse número saltou para 32,5 milhões. Esse aumento é explicado pelo desenvolvimento industrial e colonial aliado à prosperidade material e estabilidade política.
Qual a importância da Era Vitoriana?
A Era Vitoriana foi importante em várias áreas, em especial nas econômica e política. Do ponto de vista econômico, pode-se elencar o desenvolvimento da indústria até seu auge; a expansão colonial para a África e Ásia; e a consolidação do Império Britânico. Do ponto de vista político, foi um momento no qual a política externa britânica esteve isolada dos assuntos do continente europeu, adotando a chamada política do esplêndido isolamento, durante a qual as rivalidades industriais entre Inglaterra, Alemanha e EUA começaram.
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Quem foi a rainha Vitória?
A rainha Vitória de Hanover nasceu em Londres, em maio de 1819, e faleceu na cidade de East Cowes, em janeiro de 1901. Filha única do príncipe Eduardo, subiu ao trono após a morte de seu tio, o rei Guilherme IV, que não teve filhos.
Como monarca, foi rainha da Inglaterra de 1837 a 1901, sendo o seu reinado o maior da história britânica até a morte de Elizabeth II, em 2022. Como a Inglaterra era o centro de um grande império colonial, Vitória também foi imperatriz da Índia.
Seu reinado foi marcado por avanços muito importantes para a Inglaterra, sendo classificado como um reinado de grande estabilidade e prosperidade material, em uma época de importantes reformas políticas que possibilitaram a participação de operários no Parlamento e a expansão da indústria e do Império colonial, ambos chegando a seu auge.
Fontes
BRESCIANI, M. S. Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. São Paulo: Brasiliense, 2003.
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SOUZA, A. P.; ROCHA, F. Q. Antiguidade, era vitoriana e modernidade: a busca da felicidade em dublinenses / Antiquity, victorian age and modernity: the search for happiness in dubliners. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 5, p. 50172-50188, 2021. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/30032.
