Héstia
Héstia era uma deusa da religiosidade dos gregos antigos e representava a lareira, o lar, a hospitalidade e outros atributos.
Por Daniel Neves Silva
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Héstia era uma deusa presente no panteão grego, representante da lareira, do lar, da vida doméstica e da hospitalidade. Ela tinha uma forte relação com a vida doméstica e com a lareira, o seu grande símbolo. Assim, todo lar grego possuía uma pequena lareira que ficava acessa em referência a ela.
Além disso, em espaços públicos da Grécia Antiga, havia lareiras que ficavam acesas permanentemente em honra a Héstia, e alguns eventos públicos eram marcados por homenagens e oferendas feitas primeiramente a essa deusa. Apesar dessa importância, Héstia é pouco mencionada nos mitos gregos.
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Resumo sobre Héstia
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Era a deusa grega da lareira, do lar, da vida doméstica e da hospitalidade.
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Os gregos mantinham lareiras acesas em suas casas em homenagem a ela.
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É pouquíssimo mencionada nos mitos gregos.
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Era a filha mais velha de Cronos e Reia, portanto, irmã de Zeus.
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Ficou conhecida por ter escolhido permanecer virgem.
Quem foi Héstia
Héstia era uma deusa da religiosidade grega, sendo a representante da lareira, do lar, da vida doméstica, da hospitalidade, entre outros. O culto a ela tinha uma forte relação com a lareira e era muito comum que uma pequena lareira fosse mantida acesa nas residências gregas em homenagem à deusa. Além disso, cerimônias religiosas públicas a homenageavam do mesmo modo.
Héstia foi uma deusa virgem e nunca se casou com ninguém. Alguns locais públicos na Grécia mantinham lareiras acesas, cujo fogo era relacionado com ela, e acredita-se que essa prática tenha sido uma herança dos micênicos.
Os locais públicos das cidades gregas que possuíam lareira eram conhecidos como prytaneion (sede do governo) e bouleuterion (assembleia que reunia os cidadãos gregos para a tomada de decisões). Além disso, os gregos acreditavam que ela se fazia presente em cada fogueira acessa em sua homenagem.
Héstia na mitologia grega
As menções a Héstia na mitologia grega são bastante escassas, principalmente porque ela era uma deusa familiar, que ficava reclusa no ambiente doméstico. Ainda assim, podemos dizer que Héstia pertencia à primeira geração de deuses gregos, pois era filha de Cronos e Reia, dois titãs.
Cronos devorava seus filhos, temendo que um deles o destronasse, e Héstia, sua filha mais velha, foi a primeira a ser engolida. Reia conseguiu livrar Zeus desse destino ao enganar Cronos dando a ele uma pedra em roupas de bebê. Zeus cresceu em segurança e retornou um dia para libertar os seus irmãos.
Zeus fez Cronos vomitar os filhos devorados, e daí se iniciou a guerra dos deuses gregos contra os titãs. Essa guerra foi vencida pelos deuses. Existe uma divergência sobre se Héstia é ou não uma deusa olímpica, isto é, com residência no Monte Olimpo. Algumas fontes a consideram olímpica, mas outras colocam o deus Dioniso no lugar dela.
Outro destaque da mitologia sobre Héstia é ela ter permanecido virgem e recusado se casar com pretendentes como Apolo, Poseidon e Priapo. A manutenção da sua virgindade foi parte de um juramento que ela fez a Zeus, e por isso recebeu a honra de ser homenageada nos lares e de ser a primeira deusa homenageada em eventos públicos gregos.
Héstia na religiosidade grega
O culto a Héstia espalhava-se por toda a Grécia justamente porque os gregos acreditavam que ela estava presente em cada lareira acessa para fins religiosos. Além disso, os gregos consideravam-na a própria personificação da lareira, o que ressaltava a importância desse item para o seu culto.
Além do culto doméstico, toda cerimônia pública na Grécia se iniciava com oferendas para essa deusa, que também estava presente em orações e falas religiosas. No caso do culto doméstico, a lareira precisava ser sempre alimentada para manter a chama em sua homenagem acesa.
Isso porque os gregos entendiam que deixar esse fogo se apagar era uma demonstração de falta cuidado com a própria família. O culto a Héstia era muito forte em algumas cidades como Elêusis, Pireu, Cós e em muitas outras regiões gregas. Os romanos também a adoravam e a conheciam como Vesta.