Civilização Fenícia

A Civilização Fenícia foi formada pelos fenícios, povo da Idade Antiga que influenciou a história do mundo de diversas formas, com destaque para a criação do alfabeto fonético.

Por Cassio Remus de Paula

Ilustração de uma embarcação pertencente à Civilização Fenícia zarpando em Cartago.
Os fenícios foram grandes mercadores e navegadores da Idade Antiga.
Crédito da Imagem: Shutterstock.com
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A Civilização Fenícia foi uma civilização formada pelos fenícios, um povo da Idade Antiga que dominou parte do que hoje compreende o Líbano, a Síria e Israel, no Oriente Médio. Herdeiros da nação canaanita, eles se tornaram grandes mercadores e navegadores, influenciando culturalmente outras civilizações, como a Grécia e a Pérsia, e até mesmo erigindo um novo império ao norte africano, que surgiu a partir da colônia de Cartago. Eles também foram responsáveis pelo primeiro alfabeto fonético da história, que daria origem ao alfabeto latino, o mesmo que utilizamos na atualidade.

Leia também: Assírios — povo da Idade Antiga conhecido por ter grandes guerreiros

Resumo sobre a Civilização Fenícia

  • A Civilização Fenícia foi uma civilização formada pelos fenícios, um povo de origens semitas que se desenvolveram a partir da cidade de Canaã, ao noroeste do Oriente Médio.
  • A civilização da Fenícia durou aproximadamente entre 1500 a.C. e 300 a.C., apesar de sua história possuir origens ainda mais antigas.
  • Devido às terras improdutivas para a agricultura, os fenícios passaram a explorar o Mar Mediterrâneo, uma prática em que se tornaram especialistas.
  • A prática da navegação tornou a Fenícia uma potência econômica e parceira comercial de várias nações, como a Grécia e o Egito.
  • O alfabeto latino, utilizado atualmente por nós, se originou de uma invenção fenícia: o alfabeto fonético, formado por 22 consoantes.
  • O modelo político adotado pelos fenícios era a talassocracia, ou seja, suas cidades-Estado eram governadas pelas elites do comércio marítimo.
  • Os fenícios foram responsáveis pela fundação de Cartago, ao Norte da África, que mais tarde se tornaria um império e um dos principais inimigos dos romanos.
  • A Fenícia foi posteriormente dominada por outros povos, como os persas, os macedônicos e os romanos.

O que foi a Civilização Fenícia?

A Civilização Fenícia foi uma civilização formada pelos fenícios, um povo da Idade Antiga de origens semitas e cananitas que ascendeu como civilização mais ou menos entre os anos de 1500 a.C. e 300 a.C., apesar de terem se fixado na Palestina há mais de quatro mil anos. Suas contribuições nos campos da cultura, tecnologia e economia foram essenciais para o desenvolvimento de diversos povos antigos ao redor do Mar Mediterrâneo e do Oriente Médio.

→ Videoaula sobre os fenícios

Onde a Civilização Fenícia viveu?

A Civilização Fenícia viveu na porção noroeste do Oriente Médio, em uma região banhada pelo Mar Mediterrâneo, cujas origens remetem à região de Canaã. Esse território compreende países da atualidade como o Líbano, Israel e Síria. No entanto, essa civilização não tinha um Estado unificado, característica comum das nações da Idade Antiga. Seus principais polos urbanos consistiam em cidades-Estado independentes, cada uma com o seu próprio líder. Entre as principais cidades-Estado construídas pelos fenícios, destacam-se Tiro, Biblos, Acre e Sídon.

Mapa mostrando o território ocupado pela Civilização Fenícia.
Território ocupado pela Civilização Fenícia.[1]

É importante destacar, porém, que os fenícios não se mantiveram apenas na região da Fenícia. Devido à grande habilidade desse povo em construir navios, suas atividades comerciais por mar resultaram na construção de colônias ao redor de todo o Mar Mediterrâneo.

Uma dessas colônias, Cartago, fundada ao norte africano, tornar-se-ia mais tarde um poderoso império que quase colocaria um fim na civilização romana. A expansão marítima praticada pelos fenícios os levou a colonizar até mesmo locais geograficamente distantes de seu lugar de origem, como a Península Ibérica.

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Quais as características da Civilização Fenícia?

Leia abaixo as principais características que definem a civilização fenícia.

→ Cultura da Civilização Fenícia

Apesar da distância temporal, os fenícios influenciaram a história de uma maneira muito abrangente, afinal, foram eles que criaram o primeiro alfabeto fonético, ou seja, que poderia ser reproduzido por sons. Essa invenção foi tão importante que se tornou adaptada e se estendeu por todo o Ocidente, transformando-se inclusive no alfabeto que utilizamos, atualmente, na língua portuguesa.

Mas não era apenas o alfabeto que definia a cultura fenícia, já que seus hábitos foram absorvidos de costumes e práticas de diversos povos da região e seus arredores. A produção de cerâmicas, esculturas e pinturas era uma atividade comum entre os artesãos fenícios. A cor mais utilizada por essa civilização era a púrpura, já que os fenícios aprenderam a extrair sua tinta do molusco marinho Murex, atualmente extinto.

Sobretudo, os fenícios eram um povo ativamente comercial, e as razões não são aleatórias: eles não possuíam terras boas para o cultivo, o que significava que foram obrigados a explorar o Mar Mediterrâneo para prosperar, tornando-se exímios navegadores. Com isso, a Fenícia se tornou um importante polo mercantil, estabelecendo acordos econômicos com diversos povos mediterrânicos.

Ilustração representativa de um birreme, embarcação que foi criada pela Civilização Fenícia.
Acredita-se que os birremes tenham sido criados pelos fenícios.[2]

Uma das consequências da prática de navegação foram os desenvolvimentos tecnológicos aplicados a navios, que, por consequência, podiam suportar longas viagens. Estima-se, inclusive, que tenham sido os inventores dos birremes, navios a remo de grande porte mais tarde usados por diversas potências da Idade Antiga, como os gregos e os romanos.

→ Religião da Civilização Fenícia

Máscara sorridente que fazia parte dos rituais realizados pela Civilização Fenícia.
As “máscaras sorridentes” fenícias eram utilizadas para fins ritualísticos.[3]

Assim como os demais povos antigos do Ocidente, a religião praticada pelos fenícios era politeísta, ou seja, eles acreditavam em diversos deuses. O constante contato com outras culturas resultou na adoração de deuses com características semelhantes às divindades egípcias, gregas, sumérias, entre outras.

Alguns exemplos incluem Astarote, deusa da fecundidade com semelhanças a Afrodite (Grécia) e Ísis (Egito); já Ba’al era considerado o deus das tempestades, que muito lembrava a divindade suprema dos gregos, Zeus. Por toda a extensão do território fenício, era comum que houvesse templos dedicados à sua religião.

→ Economia da Civilização Fenícia

Os fenícios significavam uma potência econômica da Idade Antiga, já que, devido às terras inférteis da região, exerciam principalmente o comércio por meio de rotas marítimas traçadas sobre o Mediterrâneo.

Por serem também essencialmente artesãos, os fenícios exportavam diversos artigos, entre tecidos tingidos de púrpura, objetos de vidro, marfim e diversos metais, bem como a madeira de cedro, extraída das florestas dos arredores. Escravos também eram comercializados entre os fenícios e outros povos do Mediterrâneo.

→ Sociedade da Civilização Fenícia

A sociedade fenícia era bem estratificada, o que significa que as classes sociais presentes nessa civilização poderiam ser facilmente identificadas.

Ao topo de sua pirâmide social, encontrava-se uma aristocracia baseada na atividade mercantil e que controlava a política em cada cidade-Estado fenícia. Abaixo dessa elite, encontravam-se os funcionários do governo e religiosos. Abaixo deles, estavam os trabalhadores livres, que incluíam pescadores, artesãos, tintureiros, marinheiros, camponeses etc. A base da estrutura social fenícia era ocupada pelos escravos.

→ Política da Civilização Fenícia

O modelo político fenício, novamente, se assemelha muito ao de outras culturas da Idade Antiga: eles erigiam cidades-Estado, ou seja, estruturas urbanas que tinham, cada uma, os seus próprios governantes, leis e até mesmo costumes. Isso significa que a Fenícia não era uma nação unificada, e muitas cidades-Estado poderiam entrar em guerra umas contra as outras; no entanto, devido à cultura comercial desenvolvida pelos fenícios, a paz era sempre a opção diplomática preferida.

O modelo político exercido pelos fenícios baseava-se na talassocracia (do grego thalasso, “mar”, e kratía, “governo”), ou seja, era a elite mercantil que ditava as regras dessa civilização.

Alfabeto fenício

O alfabeto fenício é conhecido por compor o primeiro alfabeto fonético da humanidade, o que significa que cada símbolo que o compunha tinha um som em específico. Ele era composto por 22 caracteres baseados na escrita semítica protossinaítica, uma espécie de adaptação dos antigos hieróglifos egípcios.

No entanto, o alfabeto fenício não tinha vogais, de forma que seus leitores deveriam adicioná-los no momento da leitura, de forma intuitiva. As vogais foram introduzidas no alfabeto apenas quando os gregos as adaptaram, disseminando a criação dos fenícios pelo mundo antigo e impactando a história, afinal, foi o alfabeto fenício que compôs as origens da escrita fonética que utilizamos até os dias de hoje.

Alfabeto fenício, o alfabeto desenvolvido pela Civilização Fenícia.
Os caracteres do atual alfabeto latino têm nítidas semelhanças com os do alfabeto fenício.

Na rotina dos fenícios, a criação desse sistema de comunicação significou o impulsionamento de suas ciências, tecnologia, cultura e religião, dada a relativa facilidade em se registrar e disseminar informações em comparação a outros tipos de alfabetos antigos, como o hieroglífico e o cuneiforme.

Para saber mais sobre o alfabeto fenício, clique aqui.

Povos fenícios, hebreus e persas

Os fenícios, por exercerem uma intensa atividade comercial no Mediterrâneo e Oriente Médio, consequentemente estiveram em contato com diversas culturas, entre as quais os hebreus e os persas.

Os hebreus compartilhavam da mesma família linguística dos fenícios, ou seja, tinham origens semíticas (nome dado, de acordo com o livro de Gênesis, a todos os descendentes de Sem, filho de Noé). Essa proximidade linguística facilitou a aproximação com os hebreus, que se tornaram um importante aliado comercial do povo fenício. Esse frequente contato intercultural permitiu que os hebreus adaptassem o alfabeto fenício a seu uso próprio.

As relações com a Pérsia, no entanto, foram mais dramáticas. Os fenícios tiveram um envolvimento impactante nas Guerras Médicas, travadas entre gregos e persas durante mais da metade do século V a.C.

De acordo com os registros do historiador Heródoto, pode-se concluir que a Pérsia só conseguiu afrontar os navios gregos devido ao auxílio prestado pela Fenícia, então anexada ao Império Persa, devido à maestria de seus engenheiros em tecnologia naval. Estima-se também que os fenícios foram responsáveis por projetarem uma ponte flutuante quilométrica que conectasse o atual Dardanelos, então ocupado pelo Império Persa, à região hoje em dia conhecida como Península de Galípoli, que na época era mantida pelos gregos.

Essa não era a primeira vez que a Fenícia era ocupada por potências estrangeiras, já que, antes do domínio persa sobre seu território, em 538 a.C., ela havia também sido parcialmente dominada pelo império mesopotâmico dos assírios.

Qual o legado da Civilização Fenícia?

O legado dos fenícios para a história, tanto do Oriente quanto do Ocidente, foi de grande impacto, já que influenciou a cultura de diversas nações influentes pela Idade Antiga.

A contribuição mais evidente talvez seja o alfabeto fonético, que serviu de precursor do alfabeto latino, o mesmo que se utiliza em diversas línguas do mundo, inclusive a portuguesa. De origem hieroglífica e protossinaítica, seus caracteres foram adaptados para a língua grega e, mais tarde, para a latina.

Sua conexão de trilhas marítimas também resultou na fundação de colônias que iriam se tornar, séculos mais tarde, potências da Idade Antiga, com destaque a Cartago, civilização norte-africana que, por muito pouco, não subjugou os romanos no decorrer das Guerras Púnicas. Apesar de representar um perigo para Roma, a influência da cultura fenícia esteve presente no cotidiano dos povos mediterrânicos dominados pelo Império Cartaginense.

Igualmente inestimável foi sua contribuição para com a tecnologia naval, refletida principalmente na invenção dos pesados birremes. Para tanto, o avançado conhecimento sobre matemática e astronomia era indispensável, algo que se consolidou na prática da navegação das nações com quem os fenícios tinham mais contato, como os gregos.

Origem e história da Civilização Fenícia

A origem dos fenícios era semítica, ou seja, faziam parte de uma abrangente etnia linguística heterogênea que incluía os hebreus, os amoritas, os assírios, os caldeus, os hicsos, entre outros. Todos esses grupos ocuparam o Oriente Médio e quase todo o norte africano a partir de cerca de 8000 a.C. No entanto, os fenícios ficaram primeiramente conhecidos como cananeus, devido a suas fundações na região de Canaã. Seu povo só passou a ser reconhecido como fenício posteriormente, já que eles eram assim referidos pelos gregos.

Apesar de a Fenícia ter emergido como civilização por volta do século XV a.C., Heródoto estimava que os fenícios teriam fundado a cidade de Tiro, no atual Líbano, por volta de 2750 a.C. O auge da Fenícia ocorreu a partir de mais ou menos o ano de 1200 a.C., quando do enfraquecimento do Egito por outros povos, algo que possibilitou a ascensão fenícia quanto potência econômica. A sua decadência, por sua vez, ocorreu por meio da invasão persa, comandada pelo rei Ciro, o Grande.

Por meio das incursões militares do imperador macedônico Alexandre, o Grande, a Fenícia livrou-se da influência persa, iniciando-se na nação o período helenístico (de hibridismo cultural com a Grécia). Doravante, a Fenícia passou a fazer parte do domínio ptolomaico e, em 65 a.C., do Império Romano.

Curiosidades sobre a Civilização Fenícia

  • É provável que o nome “Fenícia” tenha sido dado pelos gregos, que se referiam a essa nação como phoinikes, ou seja, “purpúreo”. O nome era uma alusão à cor da tinta utilizada pelos fenícios, obtida pelo molusco atualmente extinto Murex.
  • O termo grego phoinikes originou também a palavra “púnica”, em referência ao povo cartaginês (de Cartago).
  • É possível controlar a Civilização Fenícia nos jogos eletrônicos de estratégia Age of Empires (1997) e Civilization VI (2016).
  • Os fenícios compõem uma das nações presentes no jogo de cartas Super Trunfo: Civilizações (2013).
  • Durante a década de 1930, uma teoria dizia que os fenícios já tinham chegado ao Brasil milênios antes dos portugueses. Isso ocorreu devido às pesquisas de um arqueólogo que dizia ter “traduzido” os sulcos encontrados na Pedra da Gávea (RJ), cujas formas lembravam a escrita fenícia. As ditas “inscrições”, no entanto, eram apenas ranhuras aleatórias formadas com o tempo.
  • Uma expedição arqueológica realizada em Urla, Turquia, por volta do ano de 2014, recuperou um navio fenício quase intacto de aproximadamente quatro mil anos.

Acesse também: Houve fenícios no Brasil?

Exercícios resolvidos sobre a Civilização Fenícia

Questão 1

(Uece) No século VIII a.C. os fenícios protagonizaram uma intensa movimentação no Mar Mediterrâneo ao lançarem seus navios para o alto mar, implementando uma rede de comercialização de ferro, vinho, azeite, ouro, cerâmica e escravos.

Os fenícios também são os responsáveis pela criação da:

A) Literatura.

B) Escrita alfabética. 

C) Roda.

D) Matemática.

Resolução:

Alternativa B.

Os fenícios criaram um sistema fonético de alfabeto diante da urgência em se facilitar o sistema de registros e comunicação durante as suas intensas atividades comerciais.

Questão 2

(Uece) Os Fenícios ocuparam uma estreita faixa de terra situada entre o Mar Mediterrâneo e o atual Líbano. Tiveram prósperas cidades como Ugarit, Biblos, Beritos, Sídon e Tiros. Essas, por estarem localizadas em uma área de intensa circulação dos povos da Ásia, da África e da Europa foram invadidas e conquistadas sucessivamente por vários impérios. Sobre os Fenícios, assinale o correto.

A) Com o objetivo de aumentar suas riquezas e solucionar problemas causados pela baixa produção agrícola tentaram conquistar novas terras e povos. 

B) Esta civilização está relacionada aos cananeus, e teve um comércio bastante desenvolvido, sendo expert na navegação marítima. Criou o alfabeto. 

C) A religião fenícia foi muito conhecida no mundo antigo, tendo sido reformada por Zoroastro, também chamado de Zaratrusta. 

D) Sua administração foi configurada por um forte regime monárquico e centralizador, sua riqueza cobria os gastos da rica corte.

Resolução: 

Alternativa B.

É verdade que o comércio marítimo foi incentivado pela baixa produção agrícola, mas os fenícios não compunham um império agressivo, como os persas ou os romanos; pelo contrário, preferiam relações pacíficas que fossem saudáveis para a prática comercial. Os fenícios se originaram dos antigos cananeus e desenvolveram uma influente tecnologia marítima, além de terem criado o alfabeto fonético composto por consoantes.

Créditos de imagem

[1] Alvaro qc / Wikimedia Commons (reprodução)

[2] Baptista van Doetecum / Koninklijke Bibliotheek / Wikimedia Commons (reprodução)

[3] Carole Raddato / Wikimedia Commons (reprodução)

Fontes

BRYCE, T. (org). The Routledge Handbook of The Peoples and Places of Ancient Western Asia. From the Early Bronze Age to the Fall of the Persian Empire. Nova York: Routledge, 2009.

HERÓDOTO. História. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019.

MESQUITA, João L. Os fenícios, grandes navegadores da Antiguidade, 2017. Disponível em: https://marsemfim.com.br/os-fenicios-grandes-navegadores-da-antiguidade/.

PASSOS, Maria C. N. K. Fenícios pelo Mediterrâneo: formas de contato diversificadas. Cadernos do LEPAARQ. Pelotas: UFPel, v.15, n.29, p.173-185. 2018.

THE PHOENICIAN ENCYCLOPEDIA. Disponível em: https://phoenicia.org.

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