Por Rainer Sousa
A civilização cartaginesa tem suas origens vinculadas ao processo de expansão econômica e comercial dos fenícios. Por volta do século IX a.C., os fenícios da cidade de Tiro realizaram as primeiras ações que transformaram essa região do norte africano em uma das mais importantes da Antiguidade. Em virtude de sua posição e influência fenícia, Cartago logo se transformou em um poderoso entreposto comercial.
O desenvolvimento da economia marítima e a busca de novos pontos de colonização levaram os cartagineses a entrarem em conflito contra a Grécia e a Sicília. Na qualidade de comerciantes, os cartagineses eram bastante conhecidos pela venda de pedrarias, perfumes, trigo, metais preciosos e tecidos especialmente tingidos. Geralmente, repassavam seus produtos às populações da costa da África, da Bretanha e da Noruega.
Ao chegarmos ao século III a.C., observamos que os cartagineses dispunham de uma ampla rede comercial que sustentava a riqueza desta civilização. Contudo, a disputas territoriais com os romanos estabeleceram uma terrível derrota que assinala o desenvolvimento das chamadas Guerras Púnicas. Ao final do embate, dividido em três períodos, Cartago foi reduzia a ruínas e teve suas terras esterilizadas com sal.
Somente no século I a.C., ela foi reconstruída pela ação do ditador romano Júlio César e, anos mais tarde, pelo imperador Augusto. Durante as invasões bárbaras, os vândalos estabeleceram uma dominação que só foi interrompida pela ofensiva militar dos generais do Império Bizantino. Por muito tempo, Cartago ficou conhecida como centro fundamental do cristianismo na África. Contudo, a posterior expansão islâmica transformou a região em um espaço de hegemonia árabe.